quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Psicossomática

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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A psicossomática é uma ciência interdisciplinar que integra diversas especialidades da medicina e da psicologia para estudar os efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o bem-estar das pessoas.
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A palavra psicossomática, na visão dos profissionais de saúde que compreendem o ser humano de forma integral, não pode ser compreendida como um adjetivo para alguns tipos de sintomas, pois tanto a medicina quanto a psicologia estão percebendo que não existe separação entre mente, corpo, alma e espírito que transitam nos contextos sociais, familiares, profissionais e relacionais. Então, psicossomática é uma palavra substantiva que pode ser empregada para qualquer tipo de sintoma, seja ele físico, emocional, psíquico, espiritual, profissional, relacional, comportamental, social ou familiar.
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Por isso, na visão junguiana ou da psicologia integral, todo sintoma é psicossomático e pode ser um meio para que o processo do autoconhecimento possa acontecer e, por isso mesmo, Hipócrates, o pai da medicina, no seu aforismo já citava: "Homem, conheça-te a si mesmo, para poder conhecer os deuses e reconhecer o Deus que habita em ti". Então, qualquer sintoma ou queixa pode ser entendido como uma manifestação psicossomática, além de ser uma janela de oportunidade para o autoconhecimento!
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O termo também pode ser compreendido, tal como descreve Mello Filho[1], como "uma ideologia sobre a saúde, o adoecer e sobre as práticas de saúde, é um campo de pesquisas sobre estes fatos e, ao mesmo tempo, uma prática, a prática de uma medicina integral". Passou por séculos de elaboração até ser definida pela primeira vez por Heinroth (psicossomática, 1918 e somatopsíquica, 1928). A psicossomática evoluiu das investigações psicanalíticas que contribuem para o campo com informações acerca da origem inconsciente das doenças, a vantagem que o indivíduo obtém, mesmo que indiretamente, quando adoece, etc. Em seguida dos estudos behavioristas com homens e animais. Atualmente a psicossomática tem se desenvolvido segundo uma ótica multidisciplinar promovendo a interação de vários profissionais de saúde, dentre eles, médicos, fisioterapeutas e psicólogos.
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Literalmente e redutivamente, alguns profissionais de saúde ainda fazem a distinção entre as doenças psicossomáticas e outras de fatores genéticos, acidentais, ambientais ou orgânicos e, neste caso limitam as manifestações psicossomáticas exclusivamente nas alterações com causas de origem psicológicas. Aceitando que a mente, por não conseguir resolver ou conviver com um determinado conflito emocional, passa a produzir mecanismos de defesa com o propósito de deslocar a dificuldade e/ou "ameaça" psíquica para o corpo. Com isso, acaba drenando, na forma de alterações biológicas, que tem por sua vez, a caracterização de uma doença, devido aos seus respectivos sintomas e mutações físicas, oriundo do afeto doloroso. Neste sentido, entre várias doenças aceitas como psicossomáticas podemos citar:
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Porém, o surgimento dos sintomas depende e varia de três fatores interdependentes, tais fatores estão diretamente ligado ao grande desafio de conceber, classificar e tratar, haja vista que os sintomas podem variar dependendo do estilo de vida. Tal concepção acaba sendo a melhor explicação de patologias no qual não consegue-se definir e provar científicamente.
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  • Qualidade de vida, incluindo hábitos alimentares, atividades físicas, sedentarismo, etc.
  • Herança genética, que pode deixar os indivíduos mais predispostos para desenvolverem alguns tipos de doenças.
  • Fatores psicoafetivos de acordo com o manejo das emoções, dos traumas e dos sentimentos de abandono, rejeição, inclusão, culpa, etc.

.Referências

  1. MELLO FILHO, Júlio (coordenador); Psicossomática hoje; Porto Alegre; Artes Médicas, 1992.
2. Volich R.M., Psicossomática, de Hipócrates à psicanálise. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2000 (7a edição ampliada, 2010).
Fonte: wikipédia

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