quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

UnB tira nota máxima e fica com 5 na avaliação do Inep em 2014

Pela primeira vez, a universidade obteve 5 e ficou entre as 11 instituições mais bem avaliadas pelo Inep

Breno Fortes/CB/D.A Press
 
A Universidade de Brasília (UnB) ficou entre as 11 universidades do Brasil que tiraram nota 5 na avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esta é a primeira vez que a federal atinge o resultado máximo no Índice Geral de Cursos (IGC) do Inep, usado para avaliar instituições de ensino superior públicas e privadas de todo país. O desempenho se refere ao ano de 2014 e reflete o desenvolvimento do último triênio — de 2012 a 2014. Ao todo, foram avaliados 52 cursos da UnB, além da proporção de graduandos, mestrandos e doutorados, e o conceito médio dos dois últimos. Em toda a história da avaliação do IGC, desde 2007, a UnB havia tirado sempre nota 4.

Do total de 11 universidades que tiraram 5, a UnB ficou na 10ª posição, com IGC contínuo de 4,05. Para obter nota 5, o resultado tem que variar de 3,9 a 5. A primeira colocada foi a Universidade Estadual de Campinas, seguida da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal da Integração Latino-Americana em Foz do Iguaçu  (veja quadro).

Entre os critérios de avaliação, estão o corpo docente, as instalações físicas, o projeto pedagógico e o resultado dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O reitor da UnB, Ivan Camargo, atribuiu o bom resultado a um conjunto de fatores. “É o trabalho de toda a comunidade acadêmica. A universidade sempre teve condições de estar nessa posição.”

Para ele, a motivação dos estudantes teve importância na avaliação. “Setenta por cento da nota do IGC se deve ao desempenho dos estudantes no Enade e à avaliação que eles fazem do curso. Nós, da administração, temos o cuidado com os dados, e os estudantes têm mostrado o que aprenderam”, ressaltou.

No Conceito Preliminar de Curso (CPC), a única graduação com nota máxima foi a de engenharia civil. Outros cursos, como matemática (bacharelado), letras-português (bacharelado), ciência da computação, engenharia elétrica, mecânica, entre outros, alcançaram nota 4. O decano de Ensino de Graduação da UnB, Mauro Luiz Rabelo, confirmou o esforço dos estudantes no Enade. “Esse é um trabalho que temos feito em conjunto com os coordenadores de graduação para conscientizar os alunos da importância de uma participação efetiva no Enade. Anteriormente, os estudantes boicotavam o Enade por não acreditarem na avaliação, mas agora a maioria tem tido uma postura reativa frente a esse instrumento.”

Equilíbrio
Apesar do resultado positivo em 2014, o reitor admite dificuldades financeiras ao longo deste ano, principalmente em razão do desequilíbrio orçamentário. Camargo revelou que para 2016 a receita total será de aproximadamente R$ 210 milhões, sendo R$ 150 milhões de repasse e R$ 60 milhões de recursos próximos. Os custos, segundo ele, devem ser mantidos na faixa de R$ 210 milhões. “Estaremos equilibrados, e isso faz muita diferença. Nos últimos anos, fizemos uma racionalização dos custos, revimos todos os contratos terceirizados. Estar nessa situação em ano de cortes faz com que a universidade funcione de uma maneira mais correta.”

As 11 melhores

» Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

» Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

» Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)

» Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

» Universidade Federal de São Paulo (Ufesp)

» Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

» Universidade Federal do Rio de Janeiro (UJRJ)

» Universidade Federal de Viçosa (UFV)

» Universidade Federal de Lavras (UFLA)

» Universidade de Brasília (UnB)

» Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) 



Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ensino_ensinosuperior/2015/12/19/ensino_ensinosuperior_interna,511353/unb-tira-nota-maxima-e-fica-com-5-na-avaliacao-do-inep-em-2014.shtml

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Escolas federais são bons modelos, mas difíceis de replicar

Destaque em avaliação internacional, rede federal tem professores muito bem pagos, infraestrutura cara e seleção de alunos

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Cinthia Rodrigues e Priscilla Borges, iG São Paulo e Brasília | 27/12/2010 11:49

Professores com pós-graduação e bem remunerados, infra-estrutura de ponta e, em alguns casos, seleção de alunos. Essa é a receita da rede federal de educação que tradicionalmente tem um bom desempenho no País. No último índice conhecido em 2010, o destaque foi internacional. Os resultados dos colégios militares e institutos federais, que compõem o sistema federal, colocaram os estudantes destas escolas entre os melhores do mundo no Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa). Os desempenhos obtidos por eles foram superiores aos obtidos por França, Estados Unidos, Israel e Canadá e só ficaram atrás de Japão, Coréia, Cingapura, Finlândia, Hong Kong e Shangai.


O Ministério da Educação (MEC) fez questão de divulgar os resultados obtidos pela rede federal em separado para mostrar que o Brasil consegue oferecer ensino público de qualidade. Porém, os diferenciais deste grupo vão muito além das carências primárias da rede pública comum.
O primeiro ponto de divergência é o investimento. Enquanto o gasto médio com cada aluno desta etapa de ensino da rede pública de Estados e municípios foi de R$ 2.317 em 2009, a média de investimento por aluno nos institutos federais foi de R$ 7,2 mil no mesmo período. Nos colégios militares, o investimento foi bem maior: R$ 14 mil. Com mais recursos, essas escolas conseguem oferecer equipamentos, laboratórios, bibliotecas, computadores, aulas de dança e atividades esportivas. No caso dos institutos, formação técnica e profissional no turno contrário ao das aulas.

Professores muito bem pagos
Além disso, podem investir na formação de professores e pagar salários bem mais altos. A média de um docente da educação básica no País é de R$ 1,5 mil, segundo o MEC. Quem consegue entrar nos concorridos concursos públicos dos institutos federais começa a carreira ganhando R$ 4 mil. Um doutor chega a receber R$ 11,7 mil por mês. Os gestores da rede federal, por tudo isso, já esperavam os bons resultados.

O diretor do Instituto Federal de São Paulo, Carlos Alberto Vieira, explica que a instituição vai do ensino médio integrado ao técnico até a pós-graduação. "Os professores são contratados para o instituto e podem dar aula tanto aos adolescentes quanto no mestrado. São profissionais muito bons", explica.

Getúlio Marques Ferreira, secretário adjunto de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, foi aluno, professor e diretor de institutos federais. Ele reconhece que a valorização da carreira dos professores, que possuem planos bem definidos de crescimento e encontram boa estrutura de trabalho, é um ponto central para o sucesso das escolas federais. Mas defende que a preocupação com uma formação mais ampla é o grande diferencial da rede.

“A estrutura de laboratórios, biblioteca, quadras esportivas e de lazer permite que o aluno permaneça na escola os três turnos. A formação integral do indivíduo é o que nos orgulha. Nosso objetivo não é manter uma formação tecnicista”, ressalta o secretário.
Para o Exército, esse também é um dos aspectos fundamentais para o sucesso dos colégios militares. Os estudantes têm inúmeras atividades disponíveis, como clubes de estudo, atividades de música, dança e esportivas.

Para poucos

Hoje, há 38 institutos federais funcionando no País, responsáveis por 354 unidades acadêmicas espalhadas em capitais e cidades do interior. Segundo Ferreira, eles são responsáveis pelo atendimento de 348 mil alunos. Até 2014, a expectativa é atender 500 mil jovens.

O sistema de colégios militares é composto por 12 instituições, que ficam nas cidades de Santa Maria (RS), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Juiz de Fora (JF), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Manaus (AM). Juntos, eles atendem cerca de 14 mil alunos. O calendário e a proposta pedagógica é a mesma em todos eles.
Além de pouco numerosas, essas escolas não atendem qualquer aluno. No caso dos institutos federais, há prova de seleção para distribuir as vagas que chegam a ter concorrência de 70 inscritos por vaga. “Com certeza, o fato de pegarmos os melhores tem impacto, mas acredito que ele não é maior do que a estrutura oferecida pela escola”, pondera Ferreira. Vieira concorda. "Nossos alunos da Educação de Jovens e Adultos entram sem seleção e também têm resultado diferenciado", alega.

Alunos dizem que fazem a diferença

Os alunos pensam diferente. Para a maioria, o diferencial é a seleção, tanto de professores, quanto deles mesmos. "Aqui todo mundo tem um grande interesse em aprender", comenta Laerte Vidal Júnior, de 17 anos, que estudou em escolar particular antes de ser aprovado na seleção do Instituto Federal de São Paulo. O colega Ricardo Oba Costa, da mesma idade, é uma amostra do interesse pelo conhecimento. "Estou fazendo técnico em informática para aprender mais conteúdos da área de exatas. Pretendo cursar filosofia ou sociologia e sou realmente bom nas áreas de humanas, por isso vim para cá, para me ensinarem o que eu não sei", comenta.

Os amigos Caio Nery, de 17 anos, e Carolina Costa Silva, de 18, também acham que os alunos são o grande diferencial. Os dois estudaram o ensino fundamental em particulares, e ela chegou a fazer um cursinho para passar no Instituto Federal de São Paulo. "Sempre quis o melhor. O fato de todos aqui serem inteligentes, bem preparados e interessados faz as aulas renderem mais e os professores poderem ir mais longe", avalia ela.

No caso dos colégios mantidos pelo Exército, 70% dos alunos são filhos de militares (que ainda estão na ativa) e entram sem provas de seleção. Os outros 30% são civis ou militares que precisam passar em concurso. A prioridade das vagas nas escolas é para os estudantes que são transferidos de cidade com os pais.

Perspectivas ampliadas

Para Ângela Menezes, diretora do campus de Planaltina do Instituto Federal Brasília, o papel das escolas federais mudou ao longo dos anos. Inicialmente, o objetivo era colocar jovens de baixa renda no mercado de trabalho, os ajudando a definir uma profissão. Com o destaque que a rede ganhou nos últimos anos, o público e a disputa por vagas mudaram. “Os alunos sabem que, além de sair daqui com uma perspectiva profissional, eles podem ser aprovados nos melhores vestibulares do País e continuar sua formação”, comenta.

No campus de Brasília, um dos dois cursos oferecidos na modalidade integrada com o ensino médio, o de agropecuária, não tem uma concorrência grande. Cerca de quatro candidatos disputam cada vaga. Mas a formação atrai jovens de outros Estados, como Goiás, Minas Gerais e Bahia. Quem não tem condições de se manter pode disputar uma vaga na casa do estudante local, onde receberá alojamento e alimentação.

Os 550 alunos da instituição são atendidos por 68 professores. Desse total, 27 são mestres e sete, doutores. A maioria deles só atua na escola e pode desenvolver projetos de pesquisa e extensão. O salário mínimo inicial é de R$ 2,1 mil. Os alunos também contam com psicólogo, assistente social, médico e dentista para atendê-los. Podem fazer aulas de dança, teatro, música. “O que precisamos hoje é divulgar melhor a rede. Todos os semestres sobram vagas aqui”, afirma Ângela.

Os amigos Italo Daniel da Silva, 16, Ellen Cristina Gomes, 16, Geyse Luiza Fernandes, 16, Bruno dos Santos, 16, Helinton Soares, 16, Marcelo Ricardo da Silva, 16, e Laércio Mendes, 17, escolheram fazer o ensino médio junto com o ensino técnico em agropecuária por causa das possibilidades de mercado. Alguns pensam em cuidar dos negócios da família, que é produtora rural. É o caso de Marcelo, que saiu da Bahia para estudar em Brasília.

“Acho que vamos sair à frente dos outros. A gente amplia muito nossa visão aqui e os professores são muito capacitados”, afirma o estudante do 2º ano do ensino médio. Para os jovens, a experiência prática desenvolvida desde o começo do curso favorece a compreensão, inclusive, de conteúdos teóricos do ensino médio, que talvez não fariam sentido se restritos às explicações em sala de aula.
Italo conta que dificilmente um professor falta às aulas e isso, para ele, é fundamental. “Às vezes, temos aulas até domingo”, conta. “Acho que sairemos à frente na faculdade também”, completa.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educaca/escolas+federais+sao+bons+modelos+mas+dificeis+de+replicar/n1237897418366.html

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O papel do professor !!!

Por Cintia Auilo




O papel e a atuação do professor já não é há muito tempo a mesma do passado. Antes ele detinha “todo” conhecimento e depositava nos seus alunos aquilo que havia estudado. Porém, esse estudo era normalmente lido e repassado para eles sem reflexão ou visão crítica dos conteúdos.

Hoje, felizmente, podemos e devemos ensinar nossos alunos a pensar, a questionar e a aprender a ler a nossa realidade, para que possam construir opiniões próprias.

Para que isto ocorra o professor deve, em primeiro lugar, gostar e acreditar naquilo que faz, ou seja, através de seus atos e ações ele servirá de modelo para seus alunos; se ele ensina a refletir ele deve também refletir, se ele ensina a respeitar o próximo ele deve respeitar seus alunos e assim por diante. Deste modo ele está sendo uma prova viva daquilo que está ensinando, pois bem a sua frente existem seres humanos que estão sendo moldados por ele.

O aluno é como se fosse um solo fértil , onde o professor semeia suas melhores sementes para que se produzam belos frutos. A relação professor/aluno deve ser cultivada a cada dia, pois um depende do outro e assim os dois crescem e caminham juntos. E é nessa relação madura que o professor deve ensinar que a aprendizagem não ocorre somente em sala de aula. Se estivermos atentos aprendemos a todo momento e não só na escola com o professor. Assim, o aluno irá desenvolver um espírito pesquisador e interessado pelas coisas que existem; ele desenvolverá uma necessidade por aprender, tornando-se  um ser questionador e crítico da realidade que o circunda. Como diz o filósofo: “O verdadeiro objetivo da Educação não é meramente prover informação, mas o estímulo de uma consciência interna” (Al- Ghazali).

PROFESSORES QUE INSPIRAM, por Dr. Anthony P. Witham
” Professores que inspiram . . .
  • percebem que , em última análise, não irá contar o quanto seus alunos aprenderam , mas o quanto acumularam conhecimento e habilidades que possam ser usadas por toda a vida;
  • despertam o potencial infantil ao invés de reprimi-lo; elogiam o esforço de cada aluno ao invés de ignorá-lo, estimulam ao invés de encobrir a curiosidade da criança;
  • percebem que eles devem respeitar seus alunos, sem impor seus valores pessoais, pois cada um precisa explorar e estabelecer seus valores próprios;
  • ajudam os alunos a descobrir seus dons, porém esses talentos “escondidos” podem ser facilmente dominados se o principal enfoque estiver no texto ou na avaliação, e não na criança;
  • disponibilizam seu tempo espontaneamente e lembram-se de encorajar aqueles que têm mais dificuldades;
  • corrigem os erros do aluno e elevam sua auto-estima ao mesmo tempo;
  • motivam mentes jovens a pensar por eles mesmos , muito mais do que se preocupam com fatos que exijam memorização;
  • percebem que o maior de todos os presentes que eles podem oferecer a seus alunos não é seu talento pessoal ou sua esperteza, mas ajudar cada a um a descobrir e a se apropriar de sua própria esperteza e talento;
  • encorajam mentes a pensar, mãos a criar e corações a amar – professores que exigem muito e que recebem muito;
  • nunca se empenham em explicar sua visão pessoal de mundo, mas simplesmente convidam seus alunos a ficarem ao seu lado para que eles possam ver o mundo por eles mesmos;
  • minimizam as deficiências de seus alunos e realçam seu dom natural. Tais professores nunca forçam um dançarino a cantar nem um cantor a dançar. Eles permitem com que seus alunos acendam sua própria “lâmpada” no momento e da maneira deles;
  • acreditam que a comunicação em sala de aula não melhora  se falada em voz muito alta;
  • acreditam que exemplo não é uma ferramenta de influências para impressionar mentes jovens, e sim a chave para moldar atitudes positivas, valores e hábitos de estudo para os alunos;
  • recordam seus alunos de que ganhar não é tudo na vida, mas ir em busca de seus ideais sim;
  • sabem que o presente mais valioso do mundo não é dinheiro nem livros, mas ter uma vida nobre;
  • não acham que eles têm que estar com seus alunos, eles querem estar com eles. Ensinar não é uma profissão , mas uma escolha que optaram em consideração ao próximo;
  • concordam com Eleanor Roosevelt que disse, “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos”;
  • percebem que na vida de cada aluno existe um espaço esperando ser preenchido pelo professor, que pode comunicar auto confiança, criação de talentos que não foram descobertos e incentivo às atitudes na vida para o seu crescimento;
  • inspiram bons sentimentos nas crianças e na juventude, pois sabem que eles nunca irão conseguir medir o quanto influenciaram na vida de uma criança;
  • acreditam que algum dia seus alunos irão perceber que eu estou lá para ajudá-los a alcançar seus objetivos ou a completar suas tarefas, a melhorar sua auto-imagem e que existem algumas fronteiras que eles não podem alcançar;
  • acreditam no credo: “ensine aquilo que a sua consciência achar certo; ensine aquilo que a sua razão disser que é o melhor; ensine com toda o seu espírito e poder; faça o seu dever e seja abençoado”;
  • acreditam que aprender, fazer e ensinar acontecem quase que ao mesmo momento na vida -elas ocorrem normalmente simultaneamente. A criança que estamos ensinando a ler e a escrever está, ao mesmo tempo, nos ensinando sobre a inocência e a maravilha;
  • tentam garantir a cada criança oportunidades iguais – não se tornar “igual” mas “diferente”, compreender todo potencial do corpo, mente e espírito que ele ou ela possui;
  • optam por alternativas positivas em estabelecer disciplina em sala de aula, ao invés de depender unicamente das formas diversas de punição;
  • encorajam e afirmam para a criança não aquilo que ela é, mas aquilo que ela virá a ser;
  • estão sensíveis por saber o quanto suas palavras e ações podem afetar seus alunos positiva ou negativamente;
  • acreditam que um relacionamento positivo entre aluno e professor se origina através do respeito;
  • suscitam atitudes positivas em sala de aula e criam uma corrente contínua de pensamentos e idéias positivas;
  • são entusiastas, enérgicos e eternamente otimistas em relação à potencialidade de seus alunos;
  • concordam com o pensamento de Grayson Kirk’s que diz: “A função mais importante da educação, em qualquer grau, é desenvolver a personalidade do indivíduo e o significado de sua vida para ele mesmo e para os outros”.
Fonte: https://eduq.wordpress.com/o-papel-do-professor/

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

NOSSA MISSÃO É MUITO MAIS DO QUE AUXILIAR QUEM NOS RODEIA, por Cátia Bazzan


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 Sabemos que a melhor maneira de ajudar alguém é dando o exemplo. Muitas vezes, queremos que os familiares e os amigos trilhem por algum caminho, que tomem alguma atitude, porém não nos damos conta de que as pessoas não querem conselhos ou ajuda; elas querem a resolução para os problemas delas, ou seja, esperam que alguém dê um jeito em suas vidas. Só que isto é algo que foge do nosso controle.

Hoje, nós sabemos que são: filhos, amigo, marido, mulher... Mas em outras experiências terrenas, quem elas foram? Nós nem temos conhecimento da nossa história, da nossa vida, que dirá da vida dos outros. Portanto, quem somos nós para achar que o melhor é mostrar este ou aquele caminho? E mais, será que nós estamos dando exemplo daquilo que aconselhamos ser o melhor?

Precisamos ter consciência que nossa missão é muito mais do que ficar tentando resolver a vida dos mais íntimos. Se considerarmos que todas as pessoas necessitam de uma palavra amiga, de um aperto de mão, de um sorriso ou de uma ajuda, por que nos detemos a nos preocupar apenas com quem conhecemos? Ainda mais quando estamos numa caminhada espiritual, de progresso e de evolução.

Quando entramos neste universo das terapias holísticas e naturais, por exemplo, temos o costume de querer abraçar a vida dos mais próximos nos esforçando para mostrar que fazendo um curso ou uma terapia nesta área, temos resultado, temos cura e entendimento. Porém poucos querem assumir as responsabilidades que entrar por este caminho nos traz. Pois autoconhecimento requer reforma íntima, ou seja, ajustar o que está bagunçado, mudar padrões, crenças limitantes e sair do comodismo.

É por isso que esta busca por evolução espiritual também requer que ajudemos o nosso planeta (como um todo) a evoluir, a crescer e a progredir. Sendo assim, é necessário estarmos alinhados com nossos propósitos e focando neles o tempo todo. E, nesta busca, ajudaremos muitos a mudar, melhorar e a serem mais felizes. Só que estes nem sempre serão os mais chegados.

E mais, quando desfocamos disto, nossa vida vai começar a se “arrastar”. Aí vem a frustração porque nós mudamos, mas as pessoas (principalmente os familiares e amigos) não mudam. Com isso a nossa vida financeira fica escassa, os nossos objetivos não são cumpridos, os desafios crescem e nós perdemos a conexão com aquilo que é essencial para nós.

Por mais duro que seja o desapego, ele é importante para assumirmos os verdadeiros papéis que nos cabem neste mundo. Não podemos nos esconder por de trás da nossa missão, focando em querer auxiliar apenas a família, senão tudo parecerá mais difícil e não fluirá.

Claro que não é por acaso que convivemos com estas pessoas, mas não podemos tomar atitude por um filho, nem tão pouco, nós podemos resolver um problema do marido ou da esposa. Cada um tem seus desafios, os quais são importantes para seus aprendizados. E quando nos intrometemos, a pessoa não aprende e nós não nos realizamos, pois o caminho de cada ser humano é diferente para chegar à evolução da consciência e daquilo que é melhor para nós.

Também não dá para dizer que o filho, o marido, a esposa ou os pais são nossos carmas. Esta ideia já está ultrapassada. Carma é uma palavra que significa ação, portanto carma pode ser algo bom ou ruim e não um fardo. Sendo assim, podemos dizer que os nossos carmas são todas as ações que nós realizamos e que geram resultados positivos ou negativos.

Baseado nesta reflexão é bom se perguntar: por que não ajudamos, por exemplo, uma pessoa estranha, se ela não pedir? Por que respeitamos os seus limites e o dos familiares não?

É comum nos depararmos com alguém que não é muito íntimo, ouvir as queixas e ficar quietinho, apenas ouvindo e só dar opinião quando a pessoa nos pede. Mas se é um filho que faz isso, nós já temos um milhão de maneiras para interferir. Claro que temos a obrigação de mãe e de pai de orientar, porém não podemos tomar atitudes ou viver a vida dos filhos. Temos a nossa vida, os nossos desafios para cumprir e esta sim é nossa principal tarefa. Se pudermos auxiliar quem está próximo e se estes estão aptos a ouvir os conselhos, tudo bem. Senão, se não quiserem nos ouvir, podemos aproveitar esta situação para aprender a priorizar nossas vontades e anseios.

Começar a prestar mais atenção no tempo que desperdiçamos com quem não quer ajuda, e fazer por quem está disposto a recebê-la pode ser uma ótima maneira de aprendermos a respeitar os limites dos outros, os nossos e ainda fazer  um bem a quem realmente precisa. Pense nisso!

Por Cátia Bazzan – Autora do livro Ame Quem Você é – Proprietária do Espaço do Céu: Centro de Terapia Holística.

Fonte: http://www.luzdaserra.com.br/nossa-missao-e-muito-mais-do-que-auxiliar-quem-nos-rodeia